Querido Pai Natal

Escrevo-te de Portugal e, este ano possuo um desejo, dissemelhante. Que leias as presentes palavras, atentamente, e, que as transmitas aos nossos dirigentes.

Sou mulher, e, mãe. Pertenço a uma familia não abastada mas não sou carenciada. Fazemos parte daquelas famílias que possuem o seu meio de subsistência e, que amargamente fruem no seu subconsciente da pobreza daqueles que presentemente subsistem e, dos que no futuro advém.

Não estamos sózinhos e, estamos solitários com os que reversamente padecem de tamanha agonia.

Tomei conhecimento que na Grécia os professores já alertaram as autoridades para o facto de existirem alunos que desmaiam nas escolas por fome e, desnutrição.

Triste, não é?! Mas, sabes?! Nas escolas portuguesas,semelhantemente, existem meninos e, meninas muito carenciados. As suas refeições são tomadas nas suas escolas e, nos casos mais gravosos de pobreza os seus hábitos de higiene diários, semelhantemente, nas escolhas é consumado. A situação é tão grave que em algumas escolas do nosso País nos finais de semana e, nas férias escolares mantém-se abertas para "matar" a fome aos alunos que dela padecem.

E, os pais desses meninos e, meninas?! Que silenciosamente padecem de dor e, incapacidade para cessar de infligir a quem mais amam a atrocidade do presente sem perspectivar o desenlace no futuro que se aproxima velozmente.

Concluo, assim, que a Grécia não está assim "tão remota" do nosso País - Portugal.

Um beijinho e, até sempre ...