Pedacinhos de mim - V

Sou uma mulher madura e, por vezes menina traquina. Sou  por isso um tumulto de emoções, pensamentos tatuados e, impressos à tonalidade da minha pele. 

Sou uma mulher de dentro para fora. 

A minha beleza sente-se na minha essência. Os meus olhos e, boca exprimem-se em sintonia. 

Sou uma doce melodia e, por vezes tornado dependendo da brisa ou do vento forte que abriga-me. Possuo um timbre de voz sussurrante. Sou selectiva e, simpática.

Sou emotiva, sensível, enigmática, calma e, irremediavelmente apaixonada pela vida, e por quem me rodeia.

Caminho usualmente a passos seguros e  lentos. Um caminho límpido, profundo, sereno e lindo. O trajo que reveste o meu corpo é colorido de colorações alegres e multifacetadas, tem impresso os padrões de caricias e carinhos, palavras doces, especiais e reais, laços apertados, leves e ternamente demorados.

Sou de muitas gentes porque o que sou o devo a essas gentes.

As gentes que estão em todas os momentos da minha vida, que me ensinam, que estão do meu lado fazendo-me sorrir, rir e gargalhar, vibrando com as minhas conquistas, confiando nas minhas apetências incentivando-me e não me deixando nunca esmorecer nos dias nublosos e ensombrados que detenho. As gentes que não têm frieza, egoísmo, maldade, frieza e inveja. São detentoras de simplicidade, ternura, afeto, bondade, amor, carinho e afeição de verdade.

E, as outras gentes ?! Também sou dessas gentes.   As gentes que me magoaram, desiludiram e dececionaram - algo que confesso não consigo perdoar - e  por isso me fizeram chorar e desesperar. Que me trouxeram incertezas, dores, dolos irreparáveis, me fizeram infeliz esmagando sem dó e piedade um pedacinho de mim. São as gentes que deixaram marcas profundas, difíceis de apagar. 

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