No reino longínquo da minha imaginação

Terminei de assentar o auscultador do telefone e, concluí, para logo à noite, a reserva de uma mesa aconchegante, num restaurante refinado e, acolhedor, com proximidade e, vista privilegiada sobre o mar.

Como o tempo está afectuoso, proponho, após o nosso jantar, um passeio tranquilo à beira mar admirando as ondas que se agitam nos seus longos lençóis de água de tonalidade branca robustos e, misteriosamente rendilhados a fios de prata.

Lado a lado, vagarosamente, caminharemos descalços e, de mãos enoveladas seremos rendidos à mútua atracção que nutrimos e, que nos percorre velozmente o corpo e, a alma.

Palavras pronunciar-se-ão sussurrantes num emaranhado doce. Ternas sensações enoveladas de bem-estar e, prazer acentuar-se-ão nos dois seres que nutrem a mesma paixão.

No final da noite, de regresso a casa e, na despedida com um movimento impensado, mas, tantas vezes desejado, assentarás uma leve carícia e, um beijo doce e, sedento nos meus ombros distintos e, elegantes.

Mais tarde, no aconchego do meu lar, despertarei do sonho, rememorarei sorrindo e, deliciar-me-ei com a leveza dos teus lábios, o acetinado dos teus beijos e, da tua inesquecível fragrância ...

Comentários

  1. Ainda bem que foram apenas sonhos!
    Se fossem pesadelos, fora do campo dos afetos, longe de passeios idílicos, com uma mudez sepulcral, um temor das ondas alterosas, das vozes não sussurradas, um ósculo roubado com fúria, raiva, não poético, hoje não teria esse fundo sentimento de transpor para a postagem, tão lindo texto.
    Aí, pensaria para que vivo, se não posso ter boas memórias, lindas recordações.
    Bem haja.

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  2. José,
    Em reverso, um sonho no âmago de um jardim colorido de ardor, pertinho de caminhadas amorosas, com uma nudez requintada, um deslumbrar de ondas plácidas, um beijinho furtado eloquente, arrebatador e, inspirador.

    Hoje, possuo um sentimento apenso. O privilégio que sinto em comentar as suas belíssimas palavras. Convicta, penso, além das excelentes memórias e, belas recordações, reconheço, a nobreza de alma de quem o comentário encerra ... o José.

    Ana

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