Desnudei, vagarosamente, os trajes que envolviam-me

... e, trajei o roupão de coloração branquinha que cingiu o meu corpo delgado e, cerrei-o com um nó dianteiro apertado.

Calcei os chinelos de quarto e, encetei a entrada.

Desabotoei a torneira, amenizei a temperatura da água, o banho de imersão era o requinte que desejava para anestesiar o meu corpo e, apaziguar a minha alma.

Na prateleira jaziam pequeníssimos frasquinhos aromáticos, fragrâncias, espumas hidratantes, óleos relaxantes e, tonificantes que aprecio. O sais de banho com lavanda e, pimenta foi o apetecido, e, derramado na agua. Soltei os meus longos cabelos loiros e, peguei o frasquinho pequeno e, redondo do óleo máscara capilar com extracto puro de caviar e, morosamente passei-o no meu cabelo, um benefício indispensável, para os fios ressacados e, quebradiços do uso constante do secador e, prancha, pensei.

Depois emergi na água e, cerrei os olhos. A melodiosa melodia de Andrea Bocelli seduzia, lentamente, os meus sentidos. A luva de massagem acarinhava o meu corpo. A luz ténue emergida das velas aromáticas enlaçavam o ambiente e, remodelavam docemente o instante. De vez em quando sorvia um golinho de chá menta gelado e, submersa apreciava o momento impresso.

Longo tempo depois retornei á minha sala. Do lado de fora da vidraça a noite vislumbrava-se de coloração azul ténue e, delicada. A noite presenteava-me com uma brisa ameniza e, pacata reversamente ao sentimento que persistia e, pulsava no lado esquerdo do meu peito.

Cerrei a vidraça e, encaminhei-me para o meu leito. Estendida, vagarosamente, confissões recentes inundaram e, inquietaram a minha mente. Palavras gravadas e, faladas, lugares trilhados, instantes sentidos e, sentimentos possuídos deitaram-se do meu lado.

Nostálgica e, insegura, cobri o meu corpo ...

Momentos, mais tarde, soube que a insónia era a textura que me cobria.

Comentários

  1. Olá Ana
    A media que eu lia seu texto ia imaginando a cena, de uma delicadeza rara. Amei.
    Bjux

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  2. Olá Ana,

    Adorei o blog, principalmente,porque sou bailarina.O texto é fascinante.

    Beijos

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