Eu e, elas

Gosto das palavras proferidas, escritas e, sentidas.
 
Letras que se juntam, se adereçam em palavras e, se enovelam em frases inteiras. Gosto das palavras simples ou sumptuosas que retratam sentimentos e, ações. Gosto das palavras encorajantes, arrojadas, auxiliantes e, de animo. Gosto das palavras francas, lúcidas, diretas, leais e, espontâneas. Gosto das palavras sussurrantes, baixo timbre e, melodiosas.
 
Não gosto das palavras arrogantes, gritantes e, perturbantes. Não gosto das palavras meio ditas, de pensamentos incompletos. Não gosto de palavras de lamento e, resignantes. Não gosto de palavras trajadas de entrelinhas detentoras de aromas diagonais, de palavras ceifadas pela metade. Não gosto de duplos sentidos. Enigmáticas, indecifráveis e, obscuras.
 
Não as entendo. Confundem-me. Perturbam-me!
 
Expresso-me com objetividade e clareza. Não minto, não escondo-me e, não deixo palavras por dizer incompletas ou imperceptíveis. Possuo um apreço especial pelas palavras doces, ternas, e, puras que espelham sem temor o aceleramento cardíaco no lado esquerdo do peito - o coração -.
 
Prefiro, sempre, as palavras verdadeiras mesmo quando se revelam monocromáticas, cruéis, duras e, cruas em detrimento das melosas, policromáticas, ardilosas e, traiçoeiras.
 
Gosto especialmente da soberania que as palavras se trajam e, seduz-me a fascinação que delas emanam.

Comentários

  1. Também gosto dessas palavras, que são as tuas, aqui, também.
    Gosto do teu texto, cuidado, limpo e que entendo por sincero, não uma criação lúdica, apenas.
    Beijinho

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    Respostas
    1. Henrique,
      A sua dedução está correta. É sincero o meu apreço pelas palavras que adornam o meu texto. Não é de fato uma criação lúdica.

      Um laço de agradecimento pela sua presença no meu "Ballet de Palavras".
      Ana

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