Sentia-a chegar

Trazia consigo um aroma travesso, maroto, e, um desassossego intenso, conhecido e, temido. Encolerizada e, amuada, por breves instantes, permaneci indolente.

Seguidamente, peguei num copinho envidraçado possuído por água translúcida e, cristalina. Ergui o rosto, elevei-o à boca e, tomei-o premente. Depois, dolosamente, desloquei-me ao meu leito, peguei delicadamente no aconchego de textura quente e abriguei o meu corpo enfermo. Assentei o meu rosto na almofada, dobrei as pernas e, no abrigo do silêncio e, escuridão, detive-me.

Lamentavelmente, aproximou-se de mansinho.

Desnudou cautelosamente e, vagarosamente o meu corpo e, trajou-o descaradamente. Pareci, nesse instante, de um tremor roçando o meu corpo e, colorindo o meu subconsciente, nefastamente.

Perfilhei da sua presença, do seu toque intenso e, inesquecível no meu corpo perigosamente escravizado e, sob o meu olhar tristemente inflamado.

Não sei por quanto tempo, excessivo ou escasso a febre manter-me-á acorrentada, seduzida e, cativa.

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