A aproximadamente catorze meses atrás
(...) o final do dia desvendava-se cálido e adornado por uma ténue brisa.
Numa esplanada, uma mulher sentada. Impaciente e, desassossegada de vez em quando observava o seu telemóvel e estudava as horas.
Instantes depois a hora agendada, chegara. Ergueu-se a passos lentos, mas seguros, distanciou-se, e encaminhou-se para o seu destino.
Uma porta
cerrada de coloração verde desnudou-se ao seu olhar, observou ao seu redor, estendeu a
sua mão e com um levíssimo tacto tocou a campainha. Esperaria. Segundos depois a
porta destrancou-se e a mulher entrou.
Ao seu olhar
desnudou-se um hall devoluto, munido apenas e só de um extenso balcão de pedra
do seu lado direito. Desviou o olhar e caminhou por um corredor estreito, avançando
até ao final. Quando parou constatou: defronte uma escadaria, do seu lado esquerdo
um corredor vedado por duas portas, e do seu lado direito o elevador. Solitária
e trajada por uma envolvente desconhecida a instabilidade e o temor,
subitamente, acercou-se dela.
Uma voz e uma saudação se fez audível interrompendo os seus pensamentos.
Uma mulher compareceu. Sorriu, sorriram as duas. Após uma célere apresentação encaminharam-se
para defronte do elevador e subiram ao oitavo andar. No trajeto elevatório, a sua mente foi assolada por aleatórias letras que se acercaram irrequietas transformando-se em pensamentos temerosos e, desassossegados.
- Estaria, errada? Ou correta?
- E, os seus certos ou errados?
- A decisão tomada era-lhe favorável quando os seus e os "outros" estavam desfavoravelmente ?
Um misto trajou-a de díspares e veementes estados de alma.
- Estaria, errada? Ou correta?
- E, os seus certos ou errados?
- A decisão tomada era-lhe favorável quando os seus e os "outros" estavam desfavoravelmente ?
Um misto trajou-a de díspares e veementes estados de alma.
O elevador, parou.
Entreolharam-se, saíram e encaminharam-se a passos largos para o
local onde a mulher recentemente chegada principiaria o seu trabalho.
A receção foi afetuosa
e delicada por todos os presentes e nesse momento um sentimento de acalento
tomou de assalto o lado esquerdo do seu peito - o coração. Manteve-se atenta às
instruções e esclarecimentos depois entrou numa ínfima divisão, desnudou-se e
trajou-se pela sua indumentária.
Volvidas quatro
horas ultimou.
Agora, no tempo presente, a presença da mulher mantém-se no destino percorrido há catorze meses atrás. Com a sua coragem, força, insistência, dedicação e audácia atestou aos seus que a grandeza dela não estava só no modo como se comportava em momentos de bem estar e conveniência, mas como se mantinha em tempos de contestação e desafio.
Agora, no tempo presente, a presença da mulher mantém-se no destino percorrido há catorze meses atrás. Com a sua coragem, força, insistência, dedicação e audácia atestou aos seus que a grandeza dela não estava só no modo como se comportava em momentos de bem estar e conveniência, mas como se mantinha em tempos de contestação e desafio.
Orgulhosa de mim !
Orgulhosa dos meus !
E, os outros ?! Os outros ?! Quem são os outros, esqueci !
Um texto impecável!
ResponderEliminarOlá Ana,
EliminarMuito obrigada.
Ana
Mulher única e admirável.
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