Por vezes em silêncio …

Às vezes meias palavras, palavras inteiras ou simples gestos são manifestos de amor, carinho, compreensão que nutro por pérolas preciosas e, diamantes lapidados ... Crianças!

O relógio define as horas e, o tempo.
O calendário a data que em que se comemora um dia ... o “Dia da Criança”.

Semelhantemente, a mesma data que define um sentimento nostálgico intenso que assola o lado esquerdo do meu peito quando relembro instantes, em que sem aviso, sem data marcada, sem hora definida de chegada catástrofes acontecem com crianças.

Crianças, pérolas preciosas, e, diamantes lapidados que distinguem dolorosamente a vida dos que privavam com elas, e, que num dia ou noite, desaparecem. O espaço que os rodeia degenera-se, a vida desnuda-se e, desmorona-se aos pés de quem desaparece e, dos que desesperadamente tentam colmatar esses momentos angustiantes de instantes rasgados e, corações dilacerados trajando-se no reverso na nudez de sentimento ocorrido. A saudade, receio, loucura, e, o desconhecimento são pedacinhos dilacerados e, adornos que compõem, também, o traje do momento subjacente de ambos.

Os intentos assustadores, disseminados e, calculados são semelhantemente fundamentos que desgastam o sentimento acrescido no meu subconsciente.

Por isso, hoje, recordo esta data nostálgica e, tristemente relembro “crianças” desaparecidas, ceifadas de vida, flageladas pela vida.

Similarmente, ainda rememoro aqueles que procuram as suas perdidas, nos que visitam a sepultura das suas crianças ao invés de suas camas, naqueles que estão em hospitais vendo-as sofrerem sem perceberem o seu sentido, e, gritando em sufoco o quanto necessitam de força para suportarem.

Hoje, semelhantemente a todos as noites e, dissemelhantemente no sentido, ao deitar, um beijinho, um carinho de início de noite vou proporcionar nas minhas crianças. Enovelá-las por um delicado laço e, apertá-las um pedacinho mais forte semelhante a um nó por mais um pedacinho de tempo, passar os meus dedos nos seus cabelos loiros, tomar de assalto o seu rosto e, observar detalhadamente, prolongamente os seus semblantes … e, sussurrando agradecer ... agradecer ... simplesmente por ter as minhas crianças ao meu lado e, rezar no reverso por todas as crianças que abruptamente o deixaram de ser.

Comentários

  1. A criança é sem dúvida a esperança de dias melhores. Temos que educá-las para que se sintam responsáveis pela formação de um adulto mais solidário e consciente de seu papel no mundo.
    Um abraço

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  2. A crinaças merecem um medalha por bravura, afinal ser criança neste planeta não é dada fácil.
    Lembrete:
    Por falar em criança.....
    Vc está companhando a saga "O Vingador de Lampião" desde o primeiro capitulo, então não pode perder o epílogo. Te espero por lá com seus comentários.

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