No lado esquerdo do meu peito

… habita um “Fantasminha” que possui um rosto que conheço na perfeição e, um nome que não esqueço.

Há dias e, noites que a sua presença arrebatadora o habita, traquinamente e, intensamente, sem a mais leve hesitação, apressando o meu ritmo cardíaco, debilitando a minha razão e, acelerando a minha emoção.

Tremo quando o sinto, mas, não o receio. Conheço-o bem ...

De porte altivo e, em passos melodiosos passeia-se dengosamente e, enredasse no meu pensamento. Travesso, relembra-me o passado e, docemente tentador seduz o meu presente. Delicado atordoa os meus sentidos e, desinquieta o meu corpo.

Sorri, travesso e, entretém-se com a minha conduta.

Momentos mais tarde, sem advertência o meu “fantasminha” abandona-me. O meu corpo aquieta-se e, o meu ritmo cardíaco nivela-se.

No eco perceptível do seu abandono um silêncio prolongado alia-se de braço dado com a nostalgia que assola o lado esquerdo do meu peito no seu recente abandono.

No entanto, convictamente, sinto que o meu “fantasminha” habitá-lo-á de novo mais tarde ou mais cedo.