Por memórias transactas, imediatas
Sentada no varandim da sua sala, acomodada pelas suas almofadas multi-coloridas, embalada pela doce melodia dos sons dos passarinhos que se faziam ouvir, e, desfrutando do sumo de laranja, natural, pegou-o e, colocou-o delicadamente no seu regaço.
Atentamente, desfolhou-o demoradamente … e, parou … Com os seus dedos trémulos segurou-o nas suas mãos. Presenciou o seu sorriso, a sua postura magnificente e, deteve-se no horizonte que o adereçava.
Declinou o olhar. Inquieta e, melancólica relembrara o exacto momento em que a fotografia fora tirada.
Dos seus olhos, abruptamente, desabrocharam lágrimas que acariciando o seu semblante acomodavam-se em seus lábios. Desnudou-se dos óculos de sol e, os seus dedos trémulos elevaram-se ao seu rosto consumindo o choro adereçado por estrondosos gemidos.
Os seus braços, pesarosamente, se cruzaram, se elevaram á altura dos seus ombros e, desconsoladamente os tocaram. Cabeça descaída para trás e, de olhos cerrados a bárbara saudade era o nó apertado do laço que a enlaçara …
Saudades, imensas ... avôzinho e, avózinha ...
Olá Ana
ResponderEliminarUma fotografia pode nos trazer sorrisos, mas pode também nos levar às lágrimas.
Bjux
Olá, querida
ResponderEliminar"saudade era o nó apertado do laço que a enlaçara …
Lindo!!
Tenha uma semana abençoada e feliz!!!
Bjs fraternos de paz
Wanderley,
ResponderEliminarSaudades ... Verdade, uma fotografia proporciona-nos um misto de emoções.
Um beijinho e, um laço de cetim de mim para si.
Ana
Orvalho do Céu,
ResponderEliminarDelicada e, terna a sua presença, sempre.
Um beijinho de mim para si.
Ana