A noite desmaiou nos braços do dia

Profetizando logo mais com ela se reinventar. O dia afortunado, despertou com os seus enormes raios solares acariciando e, afagando quem com ele teve o ensejo de se deparar.

Envergando um vestinho justo e, curto de tonalidade branca e, calçando sandálias rasas da mesma coloração saí de casa.  Em passos, vagarosos, iniciei a caminhada por entre as pedras da calçada, apreciando e, deleitando-me com a natureza ao meu redor. A esplanada na extremidade do mar era o local por mim desejado. Pousei a mochila, do lado esquerdo, da cadeira e, por cima da mesinha redonda assentei o meu telemóvel e, o meu companheiro inseparável - o livro -.

Instantes depois, iniciei o degusto de um sumo de manga natural com gelo, possuído num enorme copo vidrado e, adornado por um “chapelinho de sol" de papel colorido e, uma palhinha de coloração vermelhinha. 

Sorri.

 

Por entre, um e, outro golo o meu olhar debruçara-se no enorme areal repleto de pessoas, no mar sereno e, sedutor que tornara-se irresistível a quem ele sedutoramente possuía.

 

Segundos depois, um casal de enamorados, joviais e, descontraídos sentaram-se na mesinha do meu lado. Mimos, ternuras e, meiguices eram recíprocos e, palavras sussurrantes e, repetidas eram por eles solenizadas.

Naquele instante, timidamente, assistia à perfeita conjugação do verbo amar presente. Embaraçada, desviei, o rosto e, nesse momento, relembrei dos outros. Os que sozinhos conjugam o verbo amar no passado adornado de tristezas, mágoas, lembranças alegres e, memoráveis. E, ainda naqueles que conjugam o verbo amar de maneira dissemelhante que são consistentes na forma de se amar e, sofisticamente revivi aqueles que amam-me e, amo também.

 

Subitamente, a melodia do meu telemóvel se tornou audível. Levantei-me e, dirigi-me ao imenso areal. O mar persistia tentador e, o desejo de nele submergir era uma tentação semelhantemente desejável.