Remendo um coraçãozinho

… Quebradiço, fragilizado e, cansado. Vagaroso, mas, latejante. Acomodado no lado esquerdo do meu peito – a caixa torácica. Vazio, bombeia o meu sangue diminuto pela pressão franzina que percorre todo o meu corpo e, consequentemente a minha alma.

 

Carente de aconchego, frágil, debilitado, esmorecido e, esfarrapado retiro-o cautelosamente, vagarosamente do meu peito e, submeto-o a carinhosos auxílios e, amparos.

Possuída por atilhos visíveis, pedacinho a pedacinho, suturo devagarinho e, reforço as fendas actuais. Submisso e, avassalador observo-o, carinhosamente. Seduzido e, agradecido sustenta a sua palpitação conquistando um novo ânimo e, ofertando-me uma nova esperança.

No final revigorado e, emendado coloco-o de novo no lado esquerdo do meu peito. O tempo  cicatrizará as cicatrizes  …

Só não sei por quanto tempo ...