Não me esqueci de ti …

Recordo-te. Observo-te, silenciosamente e, prolongadamente.

Desassossegada e, intranquila espero o instante. O momento em que pelas minhas mãos finas, cuidadas, tateiem o instante em que pela pontinha dos meus dedos ornamentados desnudem, imprimem, e, tatuem os meus desejos e, receios.

Neste momento as minhas palavras escasseiam. Frágeis e, débeis, caladamente, se quebram. Descoloridas e, sem palato reduzem-se a pequeníssimos mutismos abrigados no aconchego do vazio que sinto no lado esquerdo do meu peito.
Por isso observo-te (tela), silenciosamente. Branca, brilhante, nua, crua, gélida e, fria.

Mas, não! Não esqueci de ti!

Retorno (Ballet de Palavras) quando os caracteres docemente, meigamente acarinharem as palavras, e, as palavras se enovelarem ardentemente em frases luxuosamente requintadas, retratando sonhos, reinventando fantasias e, em êxtase quimeras amarem-se apaixonadamente em mim.

Comentários

  1. Querida, Ana.
    Não me esqueci de ti, realmente nos traz a nostalgia dos amores sinceros e que valem ser lembradas. Lindo mesmo.
    Queria em êxtase o amor e da paixão destinado a mim, a, como queria...
    Um grande Beijo
    Edison

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    Respostas
    1. Edison,
      Agradecida pelas suas ternas palavras.

      O "Não me esqueci de ti" é endereçado ao meu Ballet de Palavras e, não ao amor. Ao vazio de palavras que trajam devolutamente o lado esquerdo do meu peito nas emoções e, que o cativam na tela.

      Um delicado e, terno final de dia para si.
      Ana

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