Sentada comodamente defronte do meu tocador
... desnudei os adornos que cobriam o meu rosto, mãos e, vagarosamente
abriguei – os religiosamente em gavetinhas minúsculas onde o descanso se abotoará
por tempo incerto e, indeterminado. Delicada - mente, peguei um a um em
pedacinhos de algodoeiro de coloração branquinha embebido em tónico desmaquilhante e,
desnudei as pinturas retratadas no meu rosto.
Depois, elevei-o e,
observei o meu semblante no espelho, nu, despido e, sorri.
Estendi a mão pegando
no meu creme corporal hidratante delicadamente perfumado de Pure White Linen Pink Coral – Estée Lauder - e, acariciei uma e, outra mão com movimentos
delicados e, sapientes. Desnudei o roupão e, vagarosamente estendi-o no meu corpo
proporcionando-me uma acalmia, um estado sereno, desejado e, cobri o corpo pelo pijama acetinado de coloração violeta.
Observei o lado esquerdo do meu tocador onde
jazia a minha escova e, peguei-lhe acariciando lentamente
e, morosamente os meus longos cabelos escuros rebeldes e, encaracolados.
Instantes depois,
acerquei-me do meu leito desnudei a cama e, encetei a entrada, delicadamente,
por entre os lençóis de coloração marfim e, sentei-me comodamente encostada nas
minhas almofadas.
Declinei o corpo em formato de concha, enovelei um braço á volta do meu pescoço e, elevei o outro à celsitude da minha cabeça. Cerrei o olhar. Esbocei um sorriso na lembrança de um garoto irrequieto, desassossegado, traquina, travesso e, terrivelmente, mimado. Corpo de “homem” e, coração de "menino". Sorriso rasgado e, docemente especial para mim.
Declinei o corpo em formato de concha, enovelei um braço á volta do meu pescoço e, elevei o outro à celsitude da minha cabeça. Cerrei o olhar. Esbocei um sorriso na lembrança de um garoto irrequieto, desassossegado, traquina, travesso e, terrivelmente, mimado. Corpo de “homem” e, coração de "menino". Sorriso rasgado e, docemente especial para mim.
Algures, neste instante, usufruíndo do embalo da brisa intensa ou soalheira
que navega num cruzeiro marítimo semelhante a um verdadeiro resort
flutuante, sob o manto das estrelas que iluminam a noite vigilante pela Lua,
adornado pelas estrelinhas resplandecentes e, perscrutando o som murmurante das
ondas, acompanhado na privacidade "daquela" ou "daqueles" que lhe são próximos e, apetecidos principia a celebração dos seus cinquenta anos de vida.
“Francisco?!
Ausência é dissemelhante de
esquecimento.
Neste instante desejo que a noite que se inicia lhe proporcione
instantes mágicos, intensos, unos e, inesquecíveis. Que no momento em que erga a sua taça
de champagne borbulhante celebrando o seu nascimento os seus desejos íntimos, secretos
ou descaradamente confessos sejam docemente concretizados
trajando requintadamente e, sofisticamente o seu corpo e, a sua alma.
Com carinho um Aniversário
feliz.
Ana”
Abotoei o olhar, cerrei a luz do
candeeiro apenso da mesinha do meu lado e, estendi o corpo.
Instantes depois adormeci.
Instantes depois adormeci.
Olá Ana,
ResponderEliminarSaudades dos seus escritos.
Linda homenagem e, sensuais palavras de felicitação de um Feliz Aniversário.
O seu amigo Francisco é um homem de sorte.
Felicito-a a si e, naturalmente ao aniversariante, também.
Um beijo
Eduardo
Olá Eduardo,
EliminarNão somos todos "homens" e, "mulheres" de sorte quando possuímos o privilégio de comemorar o nosso aniversário de nascimento ?! :)
Agradecida pela sua presença no meu "Ballet de Palavras".
Ana