Menina, posterior mulher

… foi a vida que traçou o teu rosto, a tua forma una de estar e, ser da menina-mulher que profundamente admirava.

Recordo-te no apogeu da tua carreira. Do teu rosto doce e, terno adornado por olhos profundos de uma coloração clara, delineados e, modelados com o cosmético eyeliner profundo. O teu sorriso intenso possuído por lábios sofisticadamente desenhados, cabelo negro, volumoso e, rebelde eram as imagens distintas que tu habituaras-me.

Diva de uma voz celestial, um talento extraordinário e, invulgar. As tuas melodias possuídas pelas letras de carácter profundo eram “serenatas” que a minha audição apreciava e, que semelhante adereçavam a tua imagem.

A imagem da mulher que as interpretava.
 
Passaram pequeníssimos anos e, tu menina convertes-te numa mulher polémica e, problemática. A tristeza e, a nostalgia era o sentimento que assolava o lado esquerdo do meu peito quando, inadvertidamente, imagens tuas degradantes visualizava e, nesse instante temia pela tua debilidade emocional e, física que deteriorava-se a olhos nus e, trajados por aqueles que como eu te seguiam ano, após ano.
 
Oh Amy ?! Como gostaria de ter tido a oportunidade de confessar-te que a vida é um tumulto de emoções que nos enlouquecem, destroem, enriquecem, e, que são esses motins que nos proporcionam crescer, discernir, fruir e, aprender. Confesso-te! Sinto-me pequenina, minúscula, circunscrita a uma folhinha de papel amolgada de coloração branca e, devoluta … por não ter feito... por não ter sido possível, por não te ter conhecido. Por sentir que a tua vida prematura foi o reflexo de uma vivência sombria, sem a aguarela das colorações que pincelam o arco-íris, o aroma das gotículas da chuva, o odor da terra molhada, a brisa ténue, delicada, agreste ou árida, sem a pigmentação do céu noctívago com a beleza da lua e, das suas estrelinhas conselheiras, perfeições inesquecíveis de doces pormenores do quotidiano.
 
Para a excelência da amizade e, equidade, para a beleza e, desfruto dos amores correspondidos e, findos. Para a auto-estima imprescindível para fazer face à perigosidade da abrupta ascensão e, áspera queda vertiginosa que a vida, por vezes, às vezes, nos investe e, muitas vezes menosprezamos.
  
Um beijinho caloroso, e, carinhoso para ti Amy. Um laço apertado e, um até breve …

Da tua eterna admiradora Ana.

Comentários

  1. Ana, vim agradecer sua mensagem maravilhosa no meu blog, quantas palavras lindas !!!!!

    Seu Blog é um doce, e iluminado ainda.

    Um beijo do seu amigo, ZC

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  2. Oi,Ana. Antes de mais nada, belo blog o seu. Alguns artistas vieram para ser diferentes, ffugir à mesmice, e Amyy foi um deles(as). Beijos e parabéns. Estou seguindo você.

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  3. Zé Carlos,
    Lisonjeada, agradecida e, feliz sempre com a sua presença no meu Ballet de Palavras.

    Um laço multicolor de aroma multifacetado de mim para si.

    Ana

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  4. Carlos,
    Um prazer a sua presença e, o seu elogio ao meu Ballet de Palavras.

    Agradecida.

    Ana

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  5. Agradecendo e retribuindo o carinho da visita ... muito bom poder estar aqui e desfrutar um pouco de seus sentimentos e emoções ...

    Saudades de Amy

    beijão

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  6. Paulo,
    Agradecida pela sua presença no meu Ballet de Palavras e, lisonjeada pelas suas ternas palavras.

    Um laço comungando da saudade da Amy.

    Ana

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