O silêncio era o adorno delicado do eco

... na noite passada quando subitamente fora interrompido pela melodia que do meu móvel ecoava. Sobressaltada, pequei no móvel, observei-o e, atendi-o apressada.

- Estou?! – Uma voz inquieta de mulher indagava.

 - Olá princesa, boa noite, que aconteceu?! Questionei num timbre de voz baixo e, surpreso deslocando-me, silenciosamente e, recolhendo-me ao meu quarto.

Ininterruptamente, num timbre de voz acelerado, e, lacrimejado as suas palavras eram debitadas apressadamente e, confusamente. Os minutos ininterruptos estenderam-se por tempo indeterminado e, quando o meu móvel estendeu-se na mesinha do meu lado o sentimento que pulsava no lado esquerdo do meu peito era nostálgico e, desassossegado.

Sentei-me no meu leito. Abracei a almofada, encolhi as pernas e, debrucei de lado o rosto. O meu olhar alongou-se perante a vidraça e, a noite era a cúmplice do meu estado de alma.

Rememorei o nosso diálogo terminado. Num relacionamento amoroso entre duas pessoas, para além do amor e, sexo subsequentemente, encetam e, ou acumulam outros reversos. Reversos que no entendimento, entre ambos, fazem dessa relação uma afinidade em perfeita sintonia ... ou não.
E, no entanto, casualmente, intencionalmente, um dia, emerge na relação um reverso inesperado, perigoso que adultera a relação., i.e. a “infidelidade”.
 
A infidelidade e, ou adultério que traja-se de diversas roupagens. Pensamentos pecaminosos?! Olhares cúmplices?! Clandestinidade implícita?! Palavras silenciosas …. Espíritos distantes … desejos possuídos e, ocultos … são formas subtis de insídia… ou, se preferirmos denominá-la por “affair”… ou não ?! Detenho a absoluta certeza do sim.

Embora o "adultério" que dialogamos não partilhasse de uma aproximação sexual e, tivesse cessado. A "princesa" - como carinhosamente, apelido-a - sentia-se confusa, perigosamente esgotada e, inevitavelmente, novas afecções trajavam o seu estado de alma sob um manto de textura áspera, culposa, temerosa, receosa e, arrependida. E, aí?! Surgiu a inevitável questão?!

- Ana, o que fazer?! Valerá a pena a minha confissão?!

Cerrei olhos ...
Independentemente, da forma que o adultério se traje entendo que só a veracidade é a  base sólida possível de qualquer relacionamento, no entanto ... a minha resposta foi  não ...

Comentários

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