Ela chegou á hora agendada
… quando pela porta da minha entrada entrou. Sorriu. Sorri. Sorrimos as duas.
Encaminhamo-nos, lentamente, para a sala e, em cada um dos lados do sofá sentamos confortavelmente. O riso desenhado nos seus lábios e, perceptível no seu semblante antevia a felicidade que se acomodara no lado esquerdo do seu peito - o coração -. O seu olhar intenso e, brilhante, semelhante. Ao
som melodioso de “Adele” por entre um e, outro trago de chá gelado “Principe"
as nossa gargalhadas ecoavam no ar. Há muito tempo que não fruía da sua
companhia alegre e, feliz. E, a sua
felicidade resumia-se a quatro letrinhas de um nome “João”. Um homem
inteligente, educado, meigo e, lindo era o adorno intenso e, colorido que
ritmava aceleradamente o seu coração. A paixão chegara sem hora agendada e, dia
marcado. O encontro casual traduzira-se assim num amor inesperado ... "love at fist sight".
Franzi o sobrolho e,
no mesmo instante sorri perante a admiração que auferi. Confidente, conselheira
e, amiga o seu estado de alma reversamente do meu era uma dádiva para mim.
Pormenores íntimos foram desvendados, e, euforicamente
confessos por ela. O amor tinha sido consumado. O sexo experimentado e, o
desenlace confesso voluptuoso. Mais tímida e, contida por momentos o meu
semblante ruborizava-se com as suas palavras o que provocava nos seus lábios
rasgados sorrisos. No entanto, instantes depois, uma confissão se abriria
dos seus lábios, temerosamente.
- Ana ?! O João não sabe beijar. – Dissera.
Senti-me nua, incrédula e, por instantes perdida quando dos seus lábios a afirmação fora proferida. Sem tempo de questionar dos seus lábios uma nova questão se afirmara.
– Ana, confessa-me
como é o teu beijo desejado?
Se anteriormente o meu estado de alma era surpreso, naquele
instante, transformou-se num desassossego. Irrequieta ergui-me do sofá e,
vagarosamente, servi duas novas chávenas de chá príncipe gelado. A questão era
embaraçosa. Suspirei fundo. E, de um modo pausado, respondi.
O beijo é a
partilha do inicio e, fim de uma cumplicidade desejada. A cumplicidade é deliciosamente partilhada quando o toque suave se inicia bem devagar ... receando, temendo e, reversamente desejando ardentemente. Partilha-se as línguas num toque sensual semelhante a uma melodiosa melodia ... um vai e, vem, lânguido, prolongado, aumentando o desejo de que a melodiosa melodia se transforme numa música arrebatadora e, desassossegada.
Aprecio o beijo veemente que acompanha as mãos no meu semblante, os dedos nos meus lábios e, depois num toque subtil ou profundo por detrás do meu pescoço, acariciando os meus longos cabelos louros sucumba num laço desejado e, apaixonado. Gosto do sabor doce que o beijo contém, do quente que desperta no meu rosto e, se estende pelo meu corpo, semelhante. Da amálgama ofegante, do fôlego, do murmúrio que o beijo contem e, do desacato do barulho que dele advém. Gosto do beijo leve, sensual, saliente, ardente e, ofegante. Do beijo carnal, provocante, sonoro e, molhado que desnuda a minha alma e, traja requintamente e, sofisticadamente o meu corpo sem véus e, resguardo.
Ana,
ResponderEliminarUm texto que nos brinda pela sensualidade que dele emana e, que faz sonhar o leitor que se encanta pela mulher que por detás da tela é possuida por uma beleza e, sensibilidade una.
Parabéns.
Um beijo.
Eduardo
Eduardo,
EliminarAgradecida pelas suas palavras. É um prazer para mim a sapiência de que a leitura dos meus textos despertam na sua leitura sentimentos aprazíveis.
Ana