Diante da porta da entrada

... encetei a procura das chaves no interior da minha mala.

Vagarosamente e, sem pressa iniciei a entrada. Cerrei a porta, silenciosamente. No hall da entrada, pousei, delicadamente, a mala, chaves, telemóvel e, encaminhei-me para o meu leito.

Sentei-me.

Debrucei-me sob o meu corpo, desnudei um e, outro pé do calçado que calçava os meus pés, no mesmo instante, que ternamente acariciava um e, outro. Depois, ergui o corpo e, balancei a cabeça para um e, outro lado e, acarinhei o meu pescoço tenso. Desnudei o meu corpo e, trajei-o por vestes de dormir. Exausta, inclinei-me para trás e, apreendi duas das minhas almofadas apensas no meu leito e, adornei-me com a minha manta polar axadrezada. De lado, pernas contraídas, cerrei o olhar.

Instantes depois, sem pedir licença, sem ser desejada, fria e, gelada, agreste e, sombria acercou-se de mansinho, petulante, audaciosa e, perceptivelmente perturbou o meu corpo e, inquietou a minha mente dolente. Senti a dor no meu débil corpo e, frui da angústia latente no lado esquerdo do meu peito pela bravura da sua presença.

Desgostosa e, triste supliquei para ir embora. Ela sorriu! E, cruel, malévola deteve-se impediosamente do meu lado.

Extenuada e, amargurada entreguei-me de corpo e, alma resignada.

Comentários

  1. Noosso corpo é a cobertura da alma, beijo Lisette.
    Energia em 2012!!!!

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  2. Lisette Querida,
    Concordo na integra consigo.:)

    Um laço de admiração de mim para si.

    Ana

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