Por vezes assemelho os meus estados de alma

…  a um texto livre, fluindo serenamente, tranquilamente, sem erros ou rasuras onde a pontuação é  ponderada e, inquestionável. Mas tem outras vezes que assemelho os meus estados de alma  a um texto desordenado onde substantivos, adjectivos e, verbos se atropelam desgovernadamente.

Confusa, demando o auxílio à vírgula que gentilmente oferta-me um interregno. Uma paragem forçada auxiliada pelo parágrafo onde a interrupção, o esquecimento e, o recomeço é ultimado pelo ponto final e, encetado o derradeiro final.

No entanto, confesso, por vezes,  distraio-me.

Distraio-me quando os meus estados de alma se desnudam incompreensíveis, inexplicáveis e, as reticências são explicitas.  Sem dó, erro a pontuação, o caos é trajado, o descompasso é imediato, irrequietude e, turbulência é um fato consumado.

Esforço-me? Sim.

Paro! Retrocedo! Questiono! E, Remendo …. No final?!  No final constato que os meus estados de alma semelhantes ao texto corrido são docemente e, ternamente desejados. Os desordenados, interrompidos, terminados e, ou recomeçados são estados de alma vividos preferindo o inevitável mas nem sempre os mais ambicionados.

Hoje, sinto-me um texto desordenado.

Comentários

  1. Belíssimo momento querida amiga, um riquíssimo doar permanente de uma alma fustigada irremediavelmente pela vida ,desejo-lhe uma santa Páscoa para si como para todos quanto ama,beijinhos

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    1. Olá Emanuel,
      Grata pelas suas palavras e desejo que simultaneamente a sua tenha Páscoa tenha sido usufruída por instantes e momentos plácidos.

      Ana

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