A roupagem que traja o meu corpo ...

reveste-se de um vestido acetinado de coloração rosa. Ombros e, costas desnudas, decote pronunciado e, um nó apertado onde se refugia a saudade composto por duas faixas pesarosas de cada um dos lados enclausurado na minha cintura.

Movendo-me lentamente, paralelamente sinto no lado esquerdo do meu peito o sentimento que se intensifica à medida que sinto as horas que passam.

O”S” saudoso consolida-se de uma das faixas e, o “N” nostálgico da outra rudemente amplia-se. É o emaranhar de afecções que bailam, aconchegam e, deslizam analogamente no meu subconsciente.

Por momentos, paro, penso e, desprendo-me desse enredar - semelhantemente a uma doce borboleta que solta-se do seu casulo e, voa com as suas asas multicolores - demando e, invento a serenidade.

Mais tarde, e de regresso ... desabotoo e, desfaço o nó anteriormente estreitado e, refaço um laço aligeirado arrematado de um dos lados pela tranquilidade e, o outro pela placidez engendrada abotoando de novo na minha cintura.

O meu estado de alma, meigamente, subverteu-se ... à sedução do meu laço acetinado …