Despertei com a fragrância do café da manhã
... e, um sorriso majestoso no meu rosto. Levantei, devagarinho, trajei o robe que jazia no meu leito, calcei as pantufas, levantei as persianas, desabotoei a vidraça e, elogiei num sussurro o dia que se desenlaçou dos braços da noite.
Em passos lentos desloquei-me à cozinha.
A maquina do café ligada e, o aroma intenso que se fazia sentir indiciara-me que momentos antes o pequeno-almoço tinha sido preparado para mim no reverso do usualmente e, sorri.
Na mesa do lado esquerdo, um lugar estava requintadamente preparado para ser desfrutado. Um copo estreito envidraço alto de coloração laranja antevia o sumo, um croissant recheado, uma prato redondo detentor de quatro figos, uma chávena de café devoluta decorada com um pacotinho de açúcar e, um guardanapo de pano de coloração branca dobrado. Do lado direito um subscrito manuscrito cerrado adornado por um malmequer desenhado, que instantaneamente, denunciou quem o tinha decorado.
Sentei, assentei o guardanapo no regaço e, peguei o manuscrito. Caracteres manuscritos e, irregulares definiam uma caligrafia muito jovial de odores perfumados e, bálsamos sofisticados que desfilaram perante o meu olhar. No epílogo em caracteres minúsculos a expressão de uma breve despedida se fez perceptível de um puro e, genuino sentimento sentido.
"Até logo Princesinha. És linda. Gostamos muito de ti mãezinha”
Acomodei-me na cadeira e, pensamentos se encostaram na minha mente.
A riqueza material proporciona-me conforto físico que por sua vez propicia instantes mágicos e, momentos inesquecíveis. No entanto, é a riqueza espiritual que ampara a minha mente e, embala docemente o lado esquerdo do meu peito.
Prefiro-a.
Elejo a riqueza espiritual dama do meu coração.
Ternurenta, delicada, sofisticada e, sensível proporciona e, propicia-me momentos patenteados de pura magia. Afectos, carinhos, meiguices, cuidados expressos por palavras escritas, faladas, e, ou acções praticadas são magnificências de belezas inigualáveis semelhantes a laços … Laços de cetim de veludo acetinado que adornam o lado esquerdo do meu peito na vivência dos dias e, noites em permanência na minha vida.
Bom dia! Belo acordar!
ResponderEliminarCarla Fernanda
Parabéns Ana. Ao ler seu texto deu para imaginar cada detalhe da cena. Realmente tanto carinho demonstrado em um café da manhã, chega ser emocionante.
ResponderEliminarBjux
Oi Ana! Tudo bem? Escrevi ontem à noite aquele texto sobre a simplicidade que você comentou; hoje de manhã li esta postagem, e não pude deixar de juntá-las: esta riqueza espiritual, dama do nosso coração, que nos propicia "momentos patenteados de pura magia." "Afectos, carinhos, meiguices, cuidados expressos por palavras escritas, faladas, e, ou acções praticadas são magnificências de belezas inigualáveis semelhantes a laços". Tudo isso advém da simplicidade... quanto mais simples, mais sofisticada a alma....
ResponderEliminarUm grande beijo, obrigada pela visita, venha sempre
Carla Farinazzi
Carla Fernanda,
ResponderEliminarAgradecida pela sua visita ao Ballet de Palavras e, pelo seu comentário.
De facto, um despertar gratificante e, lindo.
Um dia feliz.
Ana
Wanderley,
ResponderEliminarSorri.
Emocionante, gratificante e, inesquecível.
Um beijinho delicado e, ténue para si.
Ana
Carla Farinazzi,
ResponderEliminarO seu texto assemelha-se a uma tela belissima de colorações intensas e, suaves.
Foi um prazer sentido no lado esquerdo do meu peito na sua leitura e, a minha visita ao seu "pequenos barulhos internos", será assidua.
Um laço simples e, sincero de mim para si.
Ana