Quando o inimaginável sucedeu
... a peça (a minha vida) foi inesperadamente interrompida. As luzes apagaram-se, abruptamente e, os aplausos foram murmúrios silenciosos que aceleraram o ritmo cardíaco no lado esquerdo do meu peito e, devastaram-me afincadamente.
Questões imensas vaguearam irrequietas pelas minhas artérias … Incertezas intensas pelas minhas veias e, o cansaço inflamado pelos vasos capilares bombeou o meu coração no temor e, receio que emergiram à tonalidade da minha pele quando o inesperado nefasto adveio.
A peça, literalmente, estagnara!
Seguidamente, a consciencialização e, a resignação sentava-se lado a lado no meu subconsciente. Cerrava os olhos! Inspirava e, expirava fortemente enquanto os meus lábios, moviam-se, estendiam-se e, um beicinho ostentava-se, no mesmo instante, que uma questão assolava a minha mente, fazia-se premente, e, mantinha-me refém …
E, agora?! – Questionava … tantas … tantas vezes.
Opcionalmente solitária e, no resguardo do meu leito os momentos violentos proporcionavam-me consternados instantes desprovidos de racionalidade e, a dor intensa e, a emoção exaurida eram apenas e, só as heroínas na peça sentida e, por mim exibida.
Posteriormente, por vezes, às vezes, muitas vezes, a minha cabeça agitava-se de um lado para o outro, incredulamente. Instantes depois, erguia o rosto e, apagava as sequelas que por ele rolavam. Estimulava a maçã do rosto e, a coloração rosa volatilizava-se. Erguia o corpo, aprumava a minha postura e, um sorriso, tímido, aflorava nos meus lábios e, coloriam o meu rosto.
Desnudada da fraqueza e, trajada de fé e, esperança prosseguia a peça bruscamente suspendida. Com a presença e, semblante fortalecido tentava transmitir à minha fiel assistência (pessoas que privam da minha vida) que independentemente dos percalços trágicos que existem na nossa vida é nosso compromisso munirmo-nos de uma atitude racional, frontal, adoptarmos uma postura cautelosa mas fortificada que aliadamente ao carinho, ternura, de quem nos rodeia é permissível a nossa peça prosseguir e, mais tarde observar, sentir o único epílogo que afincadamente desejamos … os aplausos, as felicitações porque tantas, tantas vezes lutamos.
Hoje?! Volvidos dias ... Aplausos e, felicitações escutam-se, sorrisos multifacetados no meu e, em semblantes que amo visualizam-se e, delicados, ternos laços de veludo acetinado conjuntamente desfrutam-se.
Incredulamente, mas, merecidamente regresso ao meu lar (vida). Eu ... Prévia protagonista de uma peça que não permite ensaios protagonizo, neste intante, uma peça renovada que ambiciono aprazível, docemente e, ternamente amada e, que nomeio de “Duas de mim - Uma vida ressurgida”.
Olá Ana
ResponderEliminarA vida não permite ensaios, é o aqui e agora, se errarmos só nos resta recomeçar e aprender com o erro. Mas vale a pena viver.
Bjux
Bom te ver assim, renovada. A vida é mesmo uma peça, onde desempenhamos nossos papéis. Alguns como artistas principais, a maioria como coadjuvantes. Vc brilha como a principal atriz e bailarina. Porisso é bom te ver renovada...
ResponderEliminarWanderley,
ResponderEliminarNão poderia estar mais de acordo consigo. Vale a pena viver e, lutar pela vida.
Uma vivência maravilhosa são os meus desejos para si.
Ana
AC Rangel,
ResponderEliminarAgradecida pela suas palavras. Verdade que sim, alguns protagonistas outros simples.
Lisonjeada pelo brilho expresso semelhantemente no seu comentário.
Ana
*Simples expectadores, naturalmente.
ResponderEliminarViva! Ressurja!
ResponderEliminarReviva! Expurga!
Passe novamente a ser "Una"
Expurgue esse "mal",
no mínimo do pensamento.
Viva! E deixe o resto...
"Nas mãos de Deus".
...
Vidé:
>> http://joe-ant.blogspot.com/2010/12/nas-maos-de-deus.html <<
que sugiu num meu comentário a pensar em todos aqueles que têm "problemas" que só "na mão de Deus" deveríam estar.
...
Sobretudo, longe dos nossos corações.
Deixo-lhe aqui este texto de um amigo:
ResponderEliminar"Acendeu-se a luz, foram-se as trevas
Os dias de luta deram lugar ao remanso
O suor exauriu-se do rosto sem deixar vestígios
À sombra reconfortante de uma árvore, o repouso
Recuperando as forças, pelo cansaço levadas
Fim de uma dura jornada, é hora de colher os frutos
Deixar para trás os sonhos e quimeras
Recuperar as energias e recomeçar
A porta, enfim foi aberta
Os devaneios transformaram-se em realidade
Após diversas batalhas, vitórias e derrotas
A guerra foi vencida, é o fim de um longo caminho
O talvez e o quem sabe, são palavras jogadas ao vento
O momento é de ação, a hora é agora
O passado ficou na lembrança
Vamos celebrar a vitória conquistada
Dar um passo à frente e retomar o caminho
O futuro ainda não chegou e nem vai chegar
O futuro é hoje"
...
Vidé:http://cafecomsucesso.blogspot.com/2010/12/porta-aberta.html
Joe Ant,
ResponderEliminarSensibilizada e, agradecida pelo seu carinho. O termino passado recente deixou reminiscências e, receios mas sabe Joe?! paralelamente ofertou-me um desejo e, anseio convicto no "futuro" de hoje.
Ana